domingo, 20 de janeiro de 2013

Deveras!

Se fosse eu dizer a verdade real
Queria eu que de fato retornasses
De uma vez que não leva a se tornar,
Então calo-me em dores inigualáveis.

Uma dor que dilacera,
Deixa-nos frágeis e duvidosos de divindade.
Pois bem, que de fato fizestes uma escolha,
Tornas-te dono dos teus atos

... E já não habita em ti Deuses,
Isento-me de procurar, de perguntar,
Calo-me...

Sinto cada parte do meu ser,
Sinto as dores dessa verdade que jamais será absoluta.
Transformo-me em concha,
Na certeza que jamais verás a pérola que tanto almejastes.
Renuncio de forma grotesca um querer,
podo-me, livrando-me de pragas futuras,
Tranquilizo-me por obter essa opção!

Mas se eu fosse te dizer a verdade,
Você me partiria em pedaços,
Só assim caberia no seu mundo particular,
Fragmentado por dúvidas e medos.
Deveras!

 Zana Martins

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