terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Recuso-me a ser Marionete.


Quando decidi não ser marionete sabia exatamente quais consequências eu estaria a vim enfrentar.
Quando optei por isentar-me de mudanças de querer, 
sabia exatamente o que queria ser, o que haveria de ter.
Por que me derreto, fico quase maleável, 
mas nunca uma boneca bobinha programada para ser sim ou não.
Eu me carrego em sorrisos, mas nunca em mãos manipuladoras,
Eu me divirto em me entregar, mas orgulho-me de ser indomável.
Sou exatamente frágil, sim frágil! 

porque livro-me de rancores e dores ao acordar ouvindo pardais, 
ou sentindo o corpo quente pelo sol que entra pela janela 
e assim almejar aquele frio no estomago por pensar numa possibilidade de ter o incondicional.
Quando decidi não ser Marionete, Decidi não conviver com mentiras, 
com dissimulações, deturpações, Levianidades,
 mas sei que elas estão ai vagando no coração daqueles que insistem em ser programados por uma falsa vontade de querer ser feliz,fazendo outras pessoas infelizes.
Posto que tudo que somos é humanidade, continuarei meu percusso assim,
 
rindo, chorando,amando, respeitando, divertindo-me, 
arrancando sorrisos e arrepios. 
Mas não serei Marionete. 

Zana Martins. Janeiro de 2013. Projeto conta esse conto!

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Silêncio. Silêncio? silencio-me!

De que serve a intensidade, perante ao valor do silêncio?
quantos argumentos seriam expostos, todos cabíveis,
convincentes, perante ao valor do silêncio?
E mesmo todas as explicações possíveis e passiveis
cairiam por terra perante ao valor do silêncio.
 Quantas imagens seriam necessárias?
 quantas você usou e criou e esqueceu do silêncio?
Quantas palavras foram ditas soltas ao vento?
 e outras impregnadas em almas como tatuagem?
 seriam interpretadas de outra forma perante ao valor do silêncio?

Quanto silêncio você utiliza?
Quantas vezes você o interrompe?
por quem e pra que você o interrompe?
Qual é a melhor forma de ser sincero e não magoar quando se utiliza o silêncio?
E quando que o silêncio é entendido?

Se o silêncio é silêncio por que as pessoas ó interpretam?
Se você quer paz, busca-se o silêncio, se você dorme busca-se o silêncio
por que que pra ser compreendido falamos, conversamos, gesticulamos,
bravejamos, gritamos?????
  Há só no silêncio é que me encontro...
Mas tenho cordas vocais e dom de falar... falar...
 muitas vezes exageradamente e qual valor teria essa pratica?

Já nem sei estou em silêncio por horas,
mas ouço muito mais que se existisse em mim uma multidão.
O que pensar?
Silencio-me?
ouço-me?
reproduzo?
cala-te...
Calo-me
e até nunca mais ou até breve!

domingo, 20 de janeiro de 2013

Deveras!

Se fosse eu dizer a verdade real
Queria eu que de fato retornasses
De uma vez que não leva a se tornar,
Então calo-me em dores inigualáveis.

Uma dor que dilacera,
Deixa-nos frágeis e duvidosos de divindade.
Pois bem, que de fato fizestes uma escolha,
Tornas-te dono dos teus atos

... E já não habita em ti Deuses,
Isento-me de procurar, de perguntar,
Calo-me...

Sinto cada parte do meu ser,
Sinto as dores dessa verdade que jamais será absoluta.
Transformo-me em concha,
Na certeza que jamais verás a pérola que tanto almejastes.
Renuncio de forma grotesca um querer,
podo-me, livrando-me de pragas futuras,
Tranquilizo-me por obter essa opção!

Mas se eu fosse te dizer a verdade,
Você me partiria em pedaços,
Só assim caberia no seu mundo particular,
Fragmentado por dúvidas e medos.
Deveras!

 Zana Martins

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Para Você com muito carinho.

Só quero você


Eu Complico

Digo q o acaso é proposital, a teoria é vaga, e os q são aclamados "sentimentos" permeiam o âmago humano. 
Porque assim os nomearam, e não porque os são. 
E se eu te dissesse q sou sentimental?


Afirmaria assim todas as coexistências q um dia refutei, ainda seria eu, posto q me fiz desconexa, existencialista sobretudo, e aí chega o termo:   complexa.
Te diria em vão q não é possível fazer de asfalto, mar.
E q toda vagueado é específica.
Mas depois de tudo nem vejo as cores, e nem leio sons...

Reconstrução abstrata,
Passiva.
Então q caia o lírico,
Faça-se o sensorial,

e só então compreendi que não posso ser Abstrata.
Pode até não ser... mas não vou desistir.

 Eu Simplifico

Digo que o que eu sinto não foi acidente,e o tão falado ‘‘sentimento” que existe nos corações humanos não requer nenhuma teoria. 
Por que é só um nome escolhido e nem de longe expressa o q sinto de verdade. 
Entro em contradição por que sou sentimental e acabo derrubando todas as barreiras que criei em um dia me fazer firme e cética.
Mas ainda assim serei eu,atrapalhada, complicada e difícil de se entender!(rsrsrsrs)

Te daria o mundo, faria o impossível
 e me vejo criar um mundo imenso e particular.
Mas depois nada faz sentindo, pois não tenho você. 

E tudo que criei se torna abstrato, sem retorno.
Ai desisto do amor, do romantismo e deixo correr livre.
Mas o que sinto é bem mais intenso do que eu mesma consiga imaginar ou explicar e por mais que tente se apagar de vez eu não quero desistir como fiz um dia.

Queria, há como eu queria que fosse reciproco ou pelo menos verdadeiro.


Zana Martins se expressando de todo o coração

Magia da vida



Inerte, olhos fixos na paisagem, especie de transe
ao redor pedras lapidadas, arvores e flores,
um incenso produzindo um cheiro doce
e a fumaça alimentando os meus pulmões

Os meus pensamentos me confundiam
o silêncio quebrado por vozes, algum tipo de mantra era cantarolado
Os animais em total sincronia, formando uma melodia surreal
As cores de cada espaço, de cada ser vibravam 
através da pouca luz que surgia entre os galhos

Minha vontade era que aquele momento se eternizasse 
nesse precioso lugar provido de calma, de paz
um céu nublado carregado de nuvens cinzas
anunciava a chegada da tão esperada chuva

Já não existia inercia, meu corpo dançava 
formando uma coreografia, sem ensaios, sem regras
dançando livre, seguindo o vento, 
formando nas labaredas de Dezihe um magico espiral

Os tambores tomaram o lugar do mantra,
varias palavras eram pronunciadas em forma de agradecimento
os primeiro pingos dagua tocavam a minha pele quente
e logo em seguida era tão forte que lavava minha alma.

Então foi quando deitei-me  na terra 
e  como quem abraça uma mãe eu á abracei
e chorei de felicidade, eramos uma, 
eu a sentia pulsar, como se estivesse doado meu coração a ela.

Adormeci ali e voltei a inercia
quando acordei não havia vestígios de ninguém.
Me senti enraiar, aquecida pelo sol no céu azul de nuvens brancas
Tomada por uma felicidade sem fim, caminhei em direção ao nada,
mas sabia que dentro de mim havia uma imensidão.



Relatos de um ritual Shaman.  Vale do Capão- Chapada Diamantina-Ba (Zana Martins)

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Inevitável.

um toque seu e tudo muda


O inevitável acontece, perda de todos os sentidos,
 por um instante longo porém que seja breve.
Já não se permite mais pensar em nada, é apenas uma sincronia
perfeita que aquece o corpo frio pela brisa da madrugada.

Olhos formando-se pontes que dão passagem para todo o corpo,
 mãos percorrendo o mesmo, delírios alucinantes em busca do desconhecido.
Até parece um só,vendo de outro angulo.
O gosto nos lábios retrata o banquete e o prazer inconfundível que só a união pode produzir.

O corpo coberto de suor expele um delicioso cheiro,
 trazendo a tona mais um sentido, revelando a delicia de um amor intenso. 
Total sincronia e sinestesia comprova no momento que sinto nosso liquido quente deslizando em nossas pernas tremulas de prazer.

Risos de felicidade comprova a solidez desse amor,
corpos abraçados, respiram fundo, soltando um ar quente
emanando todo o querer que cabe dentro de si
Agora as noites nunca mais foram frias.

Eu e meu amor chatinho!