Que planos teríamos para nos?
Aquela menina acreditava na realização de seus sonhos, ela buscava incansavelmente um futuro que nunca havia imaginado por inteiro em seus pensamentos.
Os buracos do amanha eram preenchidos por uma novidade de efeito que sempre vinha com uma nova mudança ela já haveria de estar acostumada até preferia que fosse assim.
Mais der repente as coisas começaram a tomar outro rumo,o cotidiano invadiu sua vida de uma forma gigantesca seu mundo agora era caótico ela não tinha mais novidades de efeito e nem sonhava com novas realidades.
A tristeza pairou, parecia irremediável, seus olhos tristes vagavam pela cidade em busca de algo novo que lhe pudesse reanimar, de tanto andar tomou-se de calos os pés e aquele tempo cinza lhe cobria de pânico, embriagou-se para esquecer, mas até essa fraqueza já fazia parte deste cotidiano que parecia sem fim.
Quem a conhecia não acreditava no rumo que teria tomado sua vida, mas ninguém se movia nem era por falta de compaixão e sim porque conheceram aquela menina como guerreira de um sorriso contagiante que derrubaria até o mais bruto e triste dos homens, o que pudera de ter acontecido? Todos se perguntavam.
Muitos disseram que uma moléstia avia de ter chegado a sua tenda, ou que feitiços maldosos de inveja poderiam ter sugado sua força vital, apenas uma velha senhora distinta bradou_ conheço bem esse mau, deste eu já vivi!
mas ninguém lhe deu atenção e ela continuou seu tricô.
A cidade se comoveu, reuniram-se numa praça onde todos freqüentavam e horrorizados redigiram em papel reciclado um plano de vida para aquela menina que um dia teve sonhos.
Ela já não mais se reconhecia, estava suja, bêbada, entorpecida, lhe faltava algo que a consumia por inteira, vagava por dias em busca de um novo desconhecido parecia esta em busca de uma coisa inexistente, pois toda a cidade já tinha lhe oferecido algo, mas nada a animava.
A cidade começou por em pratica o plano redigido em papel reciclado, pegaram a menina e como em colo acolhedor de avó cuidaram-na e empregou-a em uma butique de perfumes pois ali ela haveria de conhecer pessoas novas, viajantes distrairia a mente cansada do nada com mais facilidade e assim se fez.
Os dias iam passando sua força vital não tinha se quer evoluído um centímetro até aquele momento em que a porta da butique se abriu e após ela um menino adentrava.
Seus olhos da cor do mel do sol iluminaram a loja de tal forma que a menina não acreditava no que estava sentindo ele caminhava em sua direção e ela o fitava como se almejasse não o perder de vista, meio zonza botou-se de pé e foi atender aquela perfeição que se inebriava de essências. Um bom dia mais animado que já pudera ouvir! Ela estava parada como se suas baterias estivessem sendo carregadas demorou um instante ao cumprimentá-lo e quando o fez pareceu boba, sorridente se dispôs a mostrar toda a loja
Logo estavam em prosa e poesia era recíproco os sentimentos. A cidade voltou a sorrir, variações de cores eram lançadas por cada lugar que o casal passava.
Todos da cidade sabiam que a menina havia voltado até os pássaros voltaram a cantar.
Todos se perguntando o que tinha animado aquela menina? O que poderia ter a feito voltado aos seus sonhos?
A cidade novamente se reuniu naquela praça freqüentada por todos se perguntando, lembrando qual presente a teria animado? Quem poderia ter feito algo tão complicado? Debateram, pensaram, acreditavam ter sido o banho de ervas, as roupas, o salário da butique, ou quem sabe o menino de olhos irradiantes? disse uma voz baixa no cantinho da praça
Era a velha senhora distinta que parou o seu tricô, e intercalou as perguntas respondendo firmemente:_ o que curou aquele coração foi o Amor!!!
A praça se calou, pois todo tempo ninguém reparou na falta que faz o Amor e como ele é necessário na vida de uma menina que sonha.
Deste dia para cá nunca mais se ouviu falar em tristeza, em vidas rotineiras, aquela menina tinha servido de exemplo.
Levaram a lição de que a vida reserva algo de surpreendente e brilhante para quem busca sempre o Amor e se permite sonhar.
Conta esse Conto
Zana Martins
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